São Paulo, 30 de Setembro de 2022
Eis que chego aos 40. Bem vindo “Enta”.
Agora entendo melhor o “meio” da vida. Não é o “meio” no sentindo que daqui para frente é ladeira abaixo, mas sim uma passagem. Daqui até os 99 serão os “enta”. Torço passar os enta com saúde, energia e alegria.
E acho que é isso que me define. ALEGRIA.
Poderia passar horas escrevendo sobre mim, sobre minha vida, sobre tudo e mais um pouco. Mas acho que posso focar no que importa de verdade. E o que importa é a alegria.
De tantos sentimentos que é feita a vida, a alegria é meu sentimento motriz. Diz minha tia Ivone (também minha madrinha) que eu só “apaguei” uma vez, aos 8 anos quando meu avô faleceu. Acho que foi o impacto da primeira perda.
Depois disso uma vida toda esteve aos meus pés. Meu Deus, quanta coisa já vivi em 40 anos!
Chego nos “enta”. E vejo a vida com tantas cores, sabores, oportunidade e sonhos como jamais imaginei.
Sempre me achei “diferente”. Até que percebi que todos são diferentes. “Ninguém é igual a ninguém. Me espanta que tanta gente sinta. (Se é que sente) a mesma indiferença”, diriam os engenheiros do hawaii.
Tenho valores. Parece ser meio raro hoje em dia. Será? Não, apenas são “outros valores”, apenas isso. Valores são pilares construídos passo a passo. São escolhas. São formas de ver a vida, e viver a vida. São caminhos que nos guiam e que nos ajudam nos momentos das escolhas.
Meus valores me trouxeram até aqui. Só tenho alegrias e conquistas guardadas em minha bagagem. Essa bagagem será carregada por toda minha existência nesse plano, e será somada à tantas outras do passado e outras do futuro, assim eu acredito.
Nesse blog tenho postado muitas coisas. Cada uma com um formato, mas todas carregadas de verdade, sentimentos e de representações em palavras dos momentos. O que torna a vida ainda mais mágica. Momentos. São apenas momentos. Somos definidos por momentos. E em cada momento, eu busco ser feliz.
Não existem comparações. Comparações são meios pobres de tentar dar valor as coisas e aos momentos, quando na verdade o que existe é a alegria vivida em cada momento. Quantas vezes já fui feliz? Quantas vezes sorri e fiz sorrir? Muitas! E agora sou feliz novamente. E faço sorrir novamente.
Parece simples. Parece até simplista. Mas para mim, é isso que vale. O que nos faz feliz pode mudar, mas jamais muda nosso desejo eterno de ser feliz, ou melhor, de estar feliz.
Quero agradecer a cada pessoa que esteve comigo nesses quarenta anos. Por aquelas que já fizeram a passagem (saudades eternas dos meus avós que já partiram, mas grato de chegar aos quarenta ainda curtindo uma avó!), daqueles que viveram comigo por muito tempo, daqueles que passaram por minutos, daqueles que convivi, daqueles que ainda convivo, daqueles distantes, daqueles próximos, daqueles que vão e voltam e daqueles que chegaram à pouco, mas vieram para ficar. Eu não seria o que sou sem todos vocês. Aprendo com o que escuto, com o que vejo, com o que convivo. Cada um de vocês faz parte de minha vida, e compõe minha felicidade.
Hoje estou radiante. Só desejo que minha luz seja inspiração e alegria para quem cruzar comigo. Quero em palavras, atos e abraços agradecer e multiplicar a alegria. Quer ser o sol que aquece e ilumina o seu dia.
E a você, querido leitor, eu te conhecendo ou não, eu espero que minhas palavras lhe tragam algo bom, lhe agreguem algo. Busque seus valores, mas não se pressione por eles. Só você sabe quais são. Eles te guiaram, vocês sabem ou não quais são eles.
Desejo a todos vocês a alegria dos enta e de todos os outros sufixos!!!
Eu, de minha parte, vou lutar todos os dias para ser feliz!
Pois sem a felicidade, nada mais nos resta. Nada mais ME resta. E sou feliz!
Ps. Eu poderia ter utilizado uma foto que eu tirei para ilustrar esse texto. Poderia ter utilizado diversas imagens que representassem a alegria. Mas por algum motivo a primeira imagem que me veio à cabeça foi de um quadro de vi em uma bienal de arte. Era um painel de linho que devia ter algo entre 20 e 30 metros de comprimento, e que bem no centro tinha um ponto mais claro. O nome do quadro era “Sol no deserto”. Por algum motivo aquilo me impactou positivamente. Eu poderia agora dar dezenas de significados para aquele quadro, e para ter utilizado essa representação nos “enta”. Não farei. Deixo isso pela sua imaginação.
IMAGEM POR Taryn Elliott | PEXELS
