São Paulo, 29 de Dezembro de 2021

Procuramos nos bem materiais as coisas que não encontramos dentro de nós. É como se pudéssemos, de algumas forma, “comprar” a felicidade. A verdade é que não podemos.
Alguns bens que adquirimos trazem alivio, conforto ou diversão por um tempo maior. Mas não se sustenta, não tem jeito.
As vezes nos perguntamos: Agora que perdi, agora que a guerra chegou ao fim e fui derrotado, mesmo assim, valeu a pena?
Talvez você nunca tenha sido feliz, pleno, completo. Mesmo que pudesse comprar tudo, qualquer coisa, à qualquer hora, você nunca foi realmente feliz. Então você procurará mais e mais e mais bens materiais ou consumíveis que ter entorpeçam a mente, mesmo que por um breve instante.
Outra pessoas experimentam a felicidade. Ela existe, é verdadeira. Mas ela acaba, como tudo e qualquer coisa. Chega ao fim. E um grande vazio toma conta de nós, que tentamos à todo custo preencher. E surge a pergunta: Valeu a pena ser feliz? Mesmo que venha seguido de sofrimento?
Sim, valeu!
Aquele que nunca experimentou passará sua vida imaginando, sonhando, lutando. Aquele que experimentou irá reunir forças para novamente sentir-se pleno. E não existe bens materiais que resolvam. Podem até auxiliar de forma efêmera. Mas passa.
Experiências ajudam. Uma viagem, um passeio, tudo isso preenche o espaço mental. Por mais que também seja efêmero, no fim, o que não é?
Há momento de comprar, há momento de vender.
A vida é feita apenas de momentos.
E esses não estão à venda.
FOTO POR isakarakus|PIXABAY