São Paulo, 16 de Setembro de 2021

Me sentia único. Indispensável. Necessário. VITAL. Essa era a palavra. Me sentia vital.
Ser vital para alguns me trouxe peso. É difícil essa sensação. Traz certa responsabilidade que nem sempre queremos carregar.
Mas ser vital em outros casos massageia o ego. Faz carinho, nos coloca numa posição deliciosamente importante.
Ao mesmo tempo que tento me afastar dessa situação no primeiro caso, sou afastado no segundo. Em ambos preciso aprender.
Ser vital para alguém não é bom. Ser importante, fazer parte, isso tudo é bem legal.
Me ensinaram que o ciúmes é um bichinho difícil de ser assumido. Dá-se muitos nomes á ele: carinho, afeto, cuidado, amor.
Ser vital nos dá uma falsa sensação de poder, de posse. Muito perigosa essa sensação. Essa sensação transformada em ação sufoca até matar os mais belos e verdadeiros sentimentos. Tudo vira um ciúme doentio e uma dependência tóxica.
Acredito demais na convivência diária de uma família, seja ela de 2 ou 10. Seja ela homo ou hétero. Desde que exista a liberdade individual respeitada, a liberdade de falar e escutar, a liberdade de pensamentos, o respeito mútuo, e, no caso de um casal, o “algo mais”.
Ser vital em qualquer tipo de relação, seja amorosa, familiar ou entre amigos, é fadar a relação ao fracasso, é condicionar a falsa felicidade de uma á do outro. É esquecer o “eu” em detrimento ao “nós” em 100% do tempo. “Nós” só existe se existir o “eu” de cada parte de envolvida.
Relações desse tipo são frágeis. São apoiadas em pilares de papel, feitas de vidro. Podem ficar de pé por anos, mas qnd caem se estilhaçam. Não tem como consertar. Outra relação pode nascer entres os envolvidos, seja o tipo de relação que for. Mas tudo tem que ser colocado as claras, o perdão ser aplicado e vivido, e novos sentimento nascer.
Vital e sua moto, mas que união INFELIZ.
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