São Paulo, 4 de Setembro de 2021

A vida nos faz pensar. O tempo todo. Muitas vezes não pensamos no que devíamos. Passamos tempo demais pensando no que não devíamos.
Estou me forçando a pensar. A pensar em quem eu sou, no que eu gosto. Nos valores. Os meus valores são meus valores. Mas as vezes quando pensamos para nós, podemos ajudar outras pessoas a pensar também.
– Gosto de viver com alguém. Gosto de dividir o dia a dia. As pequenas e grandes coisas. Gosto de almoçar, jantar, ver tv. Gosto de dividir as contas, as responsabilidades, as conquistas, as decisões.
– Gosto de sair. Gosto de almoçar, jantar, ir em um barzinho. Gosto de ir em um parque, ir para outras cidades, em um museu, cinema, teatro, tudo.
– NÃO gosto de ser tão pão duro. Nunca serei “gastão”, mas chega de economizar tanto. Não levou a nada, ou levou para lugar que jamais quis. Quero poder comprar uma comida, uma bebida, sair sem ter que olhar no cardápio o tempo todo para sempre escolher “o mais barato”. Chega!
– Gosto de contato físico. Gosto de carinho, afeto, desejo e paixão. Gosto do corpo no corpo, de estar suado junto, de estar “de corpo inteiro” com alguém. Gosto de beijar, amar.
– NÃO gosto de ter que sempre tomar a iniciativa. De sempre fazer os planos, de sempre convidar. Quero ser convidado, quer ser surpreendido, quer ser desejado.
– Gosto de surpresa. NÃO quero mais ser tão curioso. Curiosidade não matou o gato, mas matou a chance de ser surpreendido.
– Gosto da família. Gosto de conversar e estar perto. Mas NÃO gosto de ser usado e manipulado. Não gosto de ser “vital”. Quero ser presente, querido e participativo, mas sem excesso.
– Gosto de cozinhar. Mas cozinho melhor quando cozinho para alguém.
– Gosto de escrever. É um bom passatempo. Mas não o tempo todo, pois cansa. Como tudo.
– Gosto de dormir na mesma cama que a pessoa amada. Para uns isso é complicado. Para mim, é um grande prazer.
– Gosto de dormir até mais tarde as vezes. Ficar na cama até cansar e levantar é uma delícia!
– Gosto de pensar o que quero fazer. Fazer no mesmo dia, no dia seguinte. Não pensar em “nada” me angustia. Mas por anos eu fiz tudo ser uma obrigação, e isso foi pior ainda. Virava refém dos meus “planos”. Não quero mais ter tanta obrigação comigo mesmo. Chega, tô cansado. Quero sim pensar, querer, planejar, mas de boa. Se algo mudar, beleza. Nada mais de estressar e fechar a cara. Perdeu a vontade, não vai. Não quis acordar, não acorda. Isso se aplica a quem estiver envolvido. Leveza. Planos sim, peso não.
– Gosto de conversar com os amigos. Velhos ou novos, não importa. Adoro escutar novas histórias, viver novas coisas.
– NÃO gosto de ser tão dependente, de só fazer as coisas caso a pessoa que estou junto queira. Preciso e quero um pouco de liberdade. MAS gosto demais de estar com a pessoa ao qual estou junto. Quero passear junto, quero sair só os dois para namorar e também sair com outras pessoas. Liberdade é vital, mas se está junto com alguém, esteja por inteiro.
– Gosto de me entregar. 100%. Se estou junto, estou junto para tudo. Não significa invadir. Mas ser companheiro, para o bem e para o mal. Seu problema é meu problema, e meu problema é seu problema. Isso é companheirismo, é amor incondicional.
– E por fim gosto de ter coragem. Mas não tenho. Quero ter mais coragem para tudo, falar, ouvir, fazer, tentar, ser. Tal qual a confiança em mim mesmo, que tá em falta.
Será que ler isso ajudou você a pensar no que você gosta? Faça isso. Reflita. Descubra. Entenda. Será bom para você! Tente entender o que você gosta e o que você não gosta. São seus valores. É sua base.
Foto por TheoLeo|Pixabay