São Paulo, 13 de Setembro de 2021

Acreditar. Ter fé. Confiar. Mentalizar. Escrever. Falar. Rezar. Prometer. Jurar.
Será?
A nós cabe o que é nosso. Somos seres mutáveis, que o tempo todo alteraram sua forma de pensar e agir. Somos seres sociais, que necessitam da convivência em sociedade. E Isso “força” certas situações onde o “silêncio” e a “omissão” salvam amizades e relacionamentos. Isso é mentir? Não acho. Muitas vezes o que seria dito ou feito naquele exato momento não era o melhor a ser dito ou feito. E depois de algum tempo, pouco ou muito, já podemos pensar diferente e agir diferente sobre aquilo. E com isso falar ou fazer algo diferente.
Isso não significa que aquilo não deva ser dito. Tem hora que deve ser dito e não dizer é um erro terrível. A forma que será dito é escolha sua. Mas não pode ficar “engolindo” o tempo todo. Isso machuca demais, machuca lá dentro, fere o estomago e destrói a alma.
Aprender o valor do silêncio. Aprender a dizer e receber “não”. Aprender quando e como falar, e quando e como NÃO falar. Aprender a pensar mais em si mesmo, a ser mais forte, mais confiante, mais determinado, mais decidido, mais corajoso. Tudo isso significa mudar sua essência? Não!
Cada um deve viver da forma que acha correto e se orgulhar do que é, de quem é. Devemos lutar o tempo todo para corrigir o que NOS faz mal e, de quebra, se der, o que faz mal aos outros. Se você for você, atrairá quem gosta de você e afastará quem não gosta. Forçar sua essência para se adaptar ao outro morrer aos poucos, todos os dias. O esforço e a dor da mudança vale a pena para que sejamos pessoas melhores! Melhores para nós mesmos, para o que queremos de nossas vidas.
Mas de nada adianta usar nenhuma das palavras ou atos da primeira frase desse post pensando em algo ou alguém que não seja você mesmo. Toda mudança cabe somente a você. Devemos aprender a não esperar nada dos outros. Nada! Não vai vir, acredite! Mude porque você tem que mudar. Mas mude para você mesmo. O mundo não é bom, e é triste dizer isso.
Muitos de nós constroem a vida em todas as instancias de relacionamento, seja familiar, amoroso ou de amizade, acreditando no “perde e ganha”. Um eterno equilíbrio. Uma gangorra. Uma senoide. Mas nem sempre é assim. Muitas vezes é cada um por si. Isso porque “paciência e tolerância tem limite”. E cada um sabe o seu limite. Abrir mão de ser quem você é pelo outro é não ser nada para ninguém, nem para o outro nem para si mesmo. Chances são dadas a todo momento. Em quantidades gigantescas, para todos os lados, por todos que nos cercam. Cabe você entender cada uma delas e agir conforme sua consciência mandar.
Acredite, uma hora cansa.
Foto por Inzmam Khan|pexels