São Paulo, 21 de Agosto de 2023

Somos o que fazemos. E somos o que lembramos. O que seriamos se não lembrássemos de nada, ou de pouca coisa?
Uma grande maioria de nós já conheceu ou conviveu com pessoas, em sua maioria idosos, ao qual perderam suas memórias, seja por conta do Alzheimer ou por outras doenças. É triste para a pessoa e igualmente, ou até mais triste para quem convive com ela.
Ontem (20/08/2023) foi veiculada uma reportagem falando sobre o repórter Mauricio Kubrusly. Um excelente repórter que fez com que viajássemos sem sair de nossas salas, mostrando recantos e histórias de um brasil maravilhoso. Rodou mais de 400.000 km dentro desse país incrível. E hoje, aos 77 anos de idade, está afastado de seus afazeres profissionais por Demência Frontotemporal. A mesma doença que afastou das telas Bruce Willis, astro inigualável dos filmes de ação dos anos 1980 e 1990. A mesma doença que acometeu outro ícone do cinema mundial, Sean Connery, falecido em 2020 aos 90 anos.
Se buscarmos nos registros da história levantaremos milhões de pessoas, famosas ou anônimas, que sofreram desse mal. O que me leva a reforçar a importância do agora. Mesmo que cheguemos em um momento de nossas vidas ao qual não lembramos de algumas, muitas ou todas as coisas, ao nosso redor estarão pessoas que lembram! No fim, tudo que somos são lembranças que deixamos. E nessa hora, sem a capacidade da memória, mesmos assim ainda construiremos vínculos, ensinaremos lições, possibilitaremos a evolução dos que conosco convivem. Talvez não sejamos capaz de agradecer, mas por vezes um olhar e tudo será recompensado.
Agradeça a vida que você tem. Agradeça pelas memórias que você possui, e por todas as que está criando no seu dia a dia. Viva a vida plenamente, cultivando as boas memórias e gerando novas. Para você e para os outros.
Porque mesmo que você não se lembre, alguém lembrará.
Foto por Pexels