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OUVIDOS SINCEROS

São Paulo, 01 de Junho de 2022


É estranho. Sabemos que a opinião que importa é a nossa. Vivemos conosco 24h por dia. Mas ainda sim nos abalamos com o que dizem os outros.

Quantas vezes você já deixou de contar algo, ou mudou certos fatos, até mentiu, pelo simples medo do julgamento daquele que vai escutar?

O que é mais pesado na frase acima? O medo ou o julgamento?

Do que temos medo? De não sermos aceitos? Por quem? Se você fizer algo que acha correto, se agir da forma que acha correta, seja fazendo ou deixando de fazer algo, por que o medo? E se ao expor isso, por vontade própria,  quem receber essa informação lhe ridicularizar, a pergunta que você deve se fazer é “por que vou me abalar com isso se fiz o que achei certo”?

Se você está expondo algo mas já mudou de postura, de pensamento, e hoje faria diferente, então, ao contar, a narrativa já será outra. Você vai contar em outro tom e emendar os motivos e explicações do porquê mudou, o que aprendeu.

Mas se está ciente de ter feito o certo, então a pergunta deve ser feita para o outro, e não para si mesmo: “por que lhe incomoda o que fiz? Onde está a graça ou a crítica? O que você faria?”

Abrir-se é um ato de coragem. Como é ridículo, pequeno e pouco evoluído aquele que ri, crítica, briga ou faz chacota do que o outro está contando.

Começa cedo, lá no bulling. Aquela criança que passa por uma situação vergonhosa e todos riem dela. Como se eles também não tivessem tido as suas.

Adultos, vamos criando certas defesas. Mas nessas defesas vamos nos escondendo de tudo e todos.  Escolhemos um caminho, um meio ambiente, uma turma, e fazemos de tudo para nos enquadrarmos. E com isso em a ansiedade,  a tristeza, a raiva e as dores psicossomáticas.

Por que não peitamos o que somos e o que queremos HOJE? Se depois mudar, mudou! Mas agora, assume porra!

São raras, raríssimas mesmo, as pessoas que podemos nos abrir. São aquelas que não vamos nos julgar. Vão nos escutar e se não concordarem vão dizer.  Mas sem impor, sem humilhar. Apenas dizer, apenas conversar.

Seja você. É só o que podemos ser. É a única forma de sermos felizes e saudáveis. Seja você. Sempre.

Busque essas pessoas ao qual pode se abrir. As vezes demora muito. As vezes vem sem que perceba. Mas quando vier, agradeça. Inclusive, agradeça à essa pessoa.

E se perceber que uma pessoa não merece sua sinceridade, suas verdades, se afaste. Se não puder ou não quiser se afastar por motivos variados, conviva, respeite, mas não fale, não se abra, não de a oportunidade de escutar o que não quer. Não existe maior liberdade que ser você mesmo.

Vamos viver mais leves!

IMAGEM POR Ba Tik | PEXELS

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Emma Dee McCabe
Emma Dee McCabe

Author/ Photographer
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