São Paulo, 12 de Janeiro de 2022

Sou de 1982. Portanto, sou de uma geração que passou parte de sua infância na frente na televisão assistindo “sessão da tarde”.
Naquelas deliciosas horas, onde filmes se repetiam à exaustão, vimos muitas aventuras. Vimos crianças unidas em busca de tesouros, vimos príncipes se passando por plebeus, vimos mulheres tentando conquistar seu espaço no mundo dos negócios, vimos adolescentes aproveitando ao máximo seu dia, vimos sonhos de dança virar realidade, viajamos para o passado e para o futuro, enfrentamos esqueletos, corremos em disparada, no aventuramos por bairros não bem habitados, buscamos por tesouros arqueológicos, enfim, vivemos plenamente as aventuras de nossos heróis.
Para nós, crianças e adolescentes da geração 80/90, aquele era um momento de diversão e distração. Mas os gênios por trás de cada história queriam nos contar algo, tinham uma mensagem para passar: Superação.
Hoje temos muito mais opções. O Streaming veio para nos banhar de filmes e séries em quantidade que jamais imaginaríamos. Praticamente ninguém assiste um filme ou série mais de uma vez. As opções são muitas.
Mas as produções ficaram mais “rasas”. Não todas, é claro. Temos excelentes textos, produções, e muito conteúdo de alta qualidade. Mas para passar uma mensagem usa-se do artifício do drama.
Onde está Tessa McGill e suas ideias ousadas? Onde está Ferrer Buttler? Estão dando chocolate para o Sloth?
Pobres crianças de uma juventude sem o “prazer” de conhecer cada fala, cada cena, cada sequência.
Os tempos mudam. O que nunca muda é nossa vontade de viver “outras vidas” pela mãos desses incríveis artistas.
Fique com “Let the river run” na cabeça. E seja feliz!
FOTO POR BruceEmmerling |PIXABAY