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DEIXAR FAZER

São Paulo, 15 de Dezembro de 2021

Muito já ouvi sobre o “deixar fazer”. Que uma das “boas práticas” em um relacionamento (casal, amigos, adultos em geral que dividem uma vida diária), é que uma parte “permita” que a outra faça. Mesmo que isso vá contra sua própria vontade, necessidade ou importância. Pois a outra parte acabará fazendo, mais hora ou menos hora.

Desculpe os estudiosos, mas hoje, eu discordo. Se um dia eu mudar de opinião, farei uma versão “2” sobre esse tema.

Não há nada que eu prezo mais mais minha consciência tranquila. Deitar a cabeça no travesseiro e dormir sem remorsos. Deixar de fazer algo simplesmente para forçar a outra parte a fazer não é ensinamento, é maldade. A outra parte fará de mal grado. Pois à ela aquilo que está sendo protelado não tem a mesma importância que tem para você. Se tivesse, seria feito em outro tempo.

É um clássico que os pais “não arrumem os quartos dos filhos, seu guarda-roupa, seus coisas”. Mas esses mesmos pais, muitas vezes, dão bronca. Impõe regras. Ensinam conduta. O que é mais valioso para criança? Aprender o motivo de arrumar, limpar, organizar ou fazer com raiva, ódio, bronca? E o exemplo para as crianças não é seu melhor professor? Como pedir ou exigir algo dos filhos se os pais não o fazem?

Alguém já viu um chefe “deixar de fazer” um serviço para que o funcionário “faça”? Se o chefe faz, ou ela não precisa do funcionário, ou ele precisa de outro funcionário.

No relacionamento é tal qual. Cabe a parte interessada fazer o que acha que deve ser feito, de acordo com a sua vontade e necessidade. Isso pode gerar conflitos. A parte que faz pode cansar, e isso pode ocasionar uma cisão. A parte que “não faz” pode entender a importância, e fazer porque tem que ser feito, ou para manter a divisão, ou para manter a harmonia.

E isso cabe a tudo. Serviços domésticos, escolhas diárias, vida conjugal. Se apenas uma parte “toma a dianteira”, o motivo pode ser que essa pessoa seja possessiva e controladora. Ou pode ser por falta de ação da outra parte. A parte que age pode cansar e dar um basta, romper com esse ciclo. Ou a outra começar a agir.

Pouco importa. A escolha é sempre pessoal. De quem faz e de quem não faz. Como gerir essa situação, é de cada um, dentro de si, consultado os seus valores, o que lhe é mais ou menos importante na balança das alegrias e tristezas, conquistas e desilusões de uma vida.

FOTO POR KELLEPICS|PIXABAY

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Emma Dee McCabe
Emma Dee McCabe

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