São Paulo, 07 de Dezembro de 2021

É tempo de natal. Festas de fim de ano. Hora de reunir a família à mesa, ficar perto daqueles que amamos. Amamos? Será?
Fico pensando em quantas pessoas vão à esses “eventos familiares” por mera obrigação. Pela imposição social. Pessoas que passam meses sem sequer mandar um recado ao seus “amados parentes e amigos”. Distantes, sempre distantes. Vivendo suas vidas no convívio apenas daqueles do seu “dia a dia”, sejam colegas de trabalho, de academia, amigos próximos, cônjuges, filhos.
E chega o natal. Todos reunidos, beijos, abraços, aquela saudade forte. Saudade que essas pessoas impuseram à si mesmos.
As situações da vida fazem as pessoas se distanciarem fisicamente. Trabalho, estudo, crescimento pessoal, liberdade. Não importa. Muitas vezes, por obrigação ou escolha, precisamos nos afastar fisicamente de pessoas que nos são muito caras, muito importantes, muito queridas.
Mas a tecnologia está ai. Hoje temos comunicadores instantâneos. Temos chamada por vídeo. Podemos falar com qualquer um, em qualquer lugar do planeta, de forma quase fluída.
Então volto a pergunta lá de cima: Amamos? Quem ama cuida, conversa, dá carinho, compartilha. Sei que existem “amores familiares” muito difíceis de serem lidados. Certos convívios que pesam, machucam, fazem mal. Mas cabe a você descobrir a forma de aprender a viver e conviver com essas pessoas. Se você tem sentimentos, se você gosta, se vocês quer bem, tem carinho, então esteja “presente”, mesmo que distante. Converse. Compartilhe. Pergunte. Ame.
Pois o natal é só uma vez por ano. E no próximo natal, seu presente poderá ser um arrependimento que carregará pelo resto da vida.
FOTO POR Nicole Michalou|PEXELS