São Paulo, 09 de Novembro de 2021

Estamos bem. Bem mesmo. Sorriso fácil. Cantando. Fazendo piada. Dançando. Pensando em coisas boas, em comida, em viagem, em diversão, em descanso.
Do nada, tudo vira. Pode ter sido uma foto, uma música, uma palavra, um cheiro, um sabor, uma lembrança.
E onde foi parar toda aquela confiança? Toda a alegria? Toda a autoestima?
Será que isso acontece com todo mundo? O tempo todo? Eu estava tão bem. Vi, falei, conversei. Vi fotos. Escutei musicas. Centenas de gatilhos muito mais fortes e potentes. Mas bastou uma palavra. Um “tamo junto” escrito por mim mesmo para disparar o gatilho. Não, não “tamo junto”. Não mais. Talvez nunca mais. E veio o medo. A tristeza. A raiva de mim mesmo. A saudade. A dor no peito. A vontade de chorar.
Quem é “de ferro” também sofre? Será? Tanto quanto eu?
Eu sou um bostinha sentimental. O que sinto é mais importante que qualquer coisa lógica ou racional. Eu quero ser feliz. E para isso preciso que a pessoa amada também seja. E ponto.
Agora vou torcer para que isso passe, que essa sensação vá embora logo. Ontem ela foi embora, e demorou quase 24 horas para voltar. Que ela vá e demore cada vez mais para aparecer por aqui.
Doí.
FOTO POR KELLEPICS|PIXABAY